Centenário de Jayme Caetano Braun
A Revolução Farroupilha, também chamada de Guerra dos Farrapos, teve início em 20 de setembro de 1835, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, prolongando-se até março de 1845. Este período de aproximadamente dez anos é considerado um marco na formação social e política do Estado, representando uma das mais importantes passagens da história gaúcha.
O movimento revolucionário, baseado em ideais liberais, federalistas e republicanos, foi a mais longa revolta civil do país e refletiu a diversidade das relações sociais e políticas que abalaram o Império brasileiro naquela época. Apesar de ter origem regional, a Revolução Farroupilha ganhou relevância nacional.
A data de 20 de setembro, marca o início da Guerra dos Farrapos, quando os farroupilhas saíram vitoriosos na batalha da Ponte da Azenha e adentraram a província de Porto Alegre, comandados por Bento Gonçalves. O conflito resultou na independência do Estado do Rio Grande do Sul e na criação da República do Piratini, que perdurou por sete anos.
A revolução influenciou os símbolos gaúchos, como a bandeira, o brasão e o hino.
Instituído em decreto estadual, os Festejos Farroupilhas agregam um conjunto de eventos alusivos à celebração do aniversário da Revolução Farroupilha e à promoção das tradições histórico-culturais do Rio Grande do Sul, envolvendo não apenas os Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) e o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), mas também diversas instituições e segmentos.
Homenagem ao pajador
Os Festejos Farroupilhas 2024, têm como tema o centenário do renomado pajador Jayme Caetano Braun, e como patrono, o músico Pedro Ortaça.
Reconhecendo a relevância cultural e intelectual de Jayme Caetano Braun, a Sedac propôs o decreto que dedica o ano de 2024 a homenagear o centenário do artista. Nascido em 30 de janeiro de 1924, na localidade de Timbaúva (em São Luiz Gonzaga), Jayme Caetano Braun se destacou pela produção de poemas, pajadas e músicas, sempre destacando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, as tradições e os saberes do Estado, bem como a natureza peculiar da Região Missioneira.
Ele iniciou sua carreira de pajador em 1954, no 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho. A pajada (ou payada) é uma forma de poesia improvisada, com estrofes de dez versos, acompanhada por violão. Jayme ficou conhecido como El Payador ou O Payador dos Payadores.
No fim dos anos 1950, foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, em Porto Alegre. Publicou poemas em jornais e participou de programas de rádio. Ele morreu em 8 de julho de 1999, e, em 2001, foi aprovada a lei que institui o dia 30 de janeiro como o Dia do Payador Gaúcho, em homenagem ao artista.